terça-feira, 31 de março de 2020

UMA LUZ EM MEIO AO CAOS


Nunca antes, desde que a tecnologia ou melhor a internet entrou no meio de nós, algo assim aconteceu. Não, não estou falando das horas perdidas no Instagram ou facebook, nem nos olhos atentos a CNN ou globo News. Estou falando do ser humano. Meu Deus, nosso maior pesadelo hoje, não é o coronavírus, são as pessoas se aproximando e prestando atenção umas nas outras. CALMA. Me expressei mal, mas é porque o susto, ou o imprevisível me pegou desprevenida. Em meio ao caos, em meio a tudo isso, vejo mães e pais com seus filhos assistindo televisão juntos, jogando WAR, jogo da vida, imagem e ação... vejo crianças aprendendo a fazer bolo e se melecando no leite condensado e vejo pais, jogando bola no meio da rua, ops, no meio da sala. Isso nunca foi visto antes nesse século (mais ou uma vez não estou falando do coronavírus), estou falando de viver. Porque vamos combinar, de uns bons tempos pra cá apenas sobrevivemos. Desaprendemos a curtir uns aos outros, desaprendemos abraçar, desaprendemos a falar no telefone (eu mesmo, prefiro mensagem no whatsapp a falar no telefone) ...logo eu, que ficava horas esperando o telefone tocar quando meus pais viajavam para fora do país, hoje, desligo o telefone e mando um “VOCE ME LIGOU?” no WhatsApp. Logo eu, que não dormia esperando aquele TRIMMMMMMMMMMMMMM tocar, e do outro lado do telefone aquela voz dizendo “PRECISO FALAR RAPIDO PORQUE É MUITO CARO A LIGAÇÃO”, aquela frase era uma facada pois eu queria falar mais... e mais...

Fomos moldados como argila... Fomos moldados superficialmente a sermos felizes no Instagram ou com uma BMW nova. Ou quem sabe uma viagem a Paris, Nova York, onde todos saibam que estamos lá, mandamos um coração nas redes sociais e respondemos dizendo saudades... mas não, não estamos com saudades de ninguém. A muito tempo não temos saudades de ninguém. A muito tempo sentamos na mesa do bar, nos jantares, no almoço de domingo e pegamos nossos telefones sem ao menos se quer reparar em volta. A muito tempo já colocamos um IPAD nas mãos dos nossos filhos para eles pararem de encher nosso saco enquanto terminamos nossas series no NETFLIX. A muito tempo não somos humanos, já viramos aquelas maquinas ou clones que antigamente era projeto do futuro. Já somos eles, sem ao menos saber, que o futuro chegou.

Ah, voltando ao assunto CORONAVIRUS. Quem é ou de onde vem? Alguns condenam os chineses, outros falam que é o fim do mundo, alguns querem matar o presidente, outros querem abraçar o governador e por aí vai... Batem panela por amor hoje, quebram panela por ódio amanhã. Sem ao menos olhar pro próprio umbigo e entender, que ninguém vai conserta nada pois a mudança começa em nós. Vivemos em um país medíocre que aumento o preço do álcool em gel no meio do caos e também rouba no troco da padaria, me poupe de culpar político ou qualquer um... Paramos tudo pra assistir a um copa do mundo ou um desfile de escola de samba na Sapucaí, MEUS AMIGOS, aquilo ali é corrupção PURA. Então apenas parem. Milhares de veganos condenando o uso de carne pois a indústria é uma máfia, mas fumam maconha toda manhã... É trocar 6 por meia dúzia meu amigo, está tudo no mesmo barco furaco. Não come carne, mas financia o tráfico, então apenas PARE.

Ok, o texto tá ficando longo e eu poderia escrever, escrever e escrever.... Mas voltamos ao dia de hoje,31 de março. Oi Coronavírus, seja você quem for, sei que você é mal, mas por incrível que pareça você devolveu a unidade as pessoas. Elas pararam de fugir um pouco pros bares, pras compras no shopping e estão tendo que passar (ou tolerar) mais tempo em família. E de repente, nos vimos seguindo os mandamentos daquele que passou por aqui a mais de 2000 anos atrás, você crendo ou não, seguimos a cronologia DELE, JESUS. 2020 anos depois de Cristo. Estamos hoje amando o próximo como a nós mesmo e protegendo o próximo. Pobres, ricos, negros, brancos, todos, juntos num único propósito! Amar o próximo como a nós mesmo. Eu te odeio coronavírus e espero que você passe logo, mas que a sua lição permaneça para sempre: É POSSIVEL FICAR EM CASA E AMAR UNS AOS OUTROS, SEM PEDIR NADA EM TROCA, APENAS AMAR....

ANDRÉIA VALADARES

terça-feira, 30 de outubro de 2012

E o passado, fica no passado...




Vejo amigos(as) crescendo, amigos(as) casando, com filhos, e outros nem vejo mais. Uns se foram, outros mandei ir, outros deixei ir. Atitudes, momentos, euforias. Erradas ou certas, cada atitude fez parte daquele momento, daquela idade, daquele tempo. Alguns acertos levamos conosco, com orgulho e saudade. Alguns arrependimentos vamos carregar por toda a vida. Mas o bom, é saber que se existisse algum meio de voltar atrás, nós nunca aprenderíamos a seguir em frente!

Hoje sei como dói a perda deles. O que antes era momentâneo ou passageiro, hoje corrói lugares aqui dentro jamais conhecidos.
Por mais que pessoas vem e vão  as marcantes podem até ir, mas não por inteiro. E volta e meia aqueles ditados populares batem À sua porta. E você não só entende, mas vive na pele a colheita daquilo que plantou. E volta e meia você se pergunta o que teria sido diferente. E volta e meia você tem saudade do que não foi vivido, do sorriso que faltou, das histórias que terminaram sem ao menos terem começado.
Amadurecer talvez seja descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável. 

Hoje, escrevo esse texto com saudade de uma amiga de infância. Alguém que não vejo há 10 anos por estupidez minha. Escrevo esse texto na mesma data que o filho dela completa 1 ano. E as redes sociais me trazem de volta tudo que eu não vi, e não vivi. Mas não falo especificadamente desse caso. Falo de tantos outros que ainda nem começaram e já deixamos ir. Falo do ontem, do hoje, do amanhã. Da perda de tempo sem fim em cuidar da vida alheia, do supérfulo. Da ostentação sem limite, da futilidade de cada dia. Estamos cada vez mais robôs. Cada vez amando mais o que temos e não quem temos. Estamos tão inteligentes e tão burros de amor. Tão tecnológicos e tão pobres de sentir. Tão ricos e tão tristes. Tão perfumados e bem vestidos e tão porcos de espírito. Hoje somos todos pós graduados na educação e tão mal educados com nós mesmos. Falamos mais de uma língua mas não estendemos a mão a quem precisa. Abrimos empresas mas fechamos os corações. Sentir, emocionar, sorrir, é tudo automático. Iguais os carros, as mensagens de texto, o whatsapp. Tudo tão automático.  Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente. Cobramos dos outros, da vida, de nós mesmos.

'Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as suas mãos para cultivá-las.' Augusto Cury

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A gente precisa é de mais Michel Teló...



Michel Teló, outro que cometeu o pecado do sucesso. Porque é assim que funciona: batalhou, achou a oportunidade e venceu? É hora de enfrentar a massa frustrada, os sabichões injustiçados pelo destino, artistas, gênios e atletas que nunca foram. 
Se tudo terminasse em piadinhas, charges mal photoshopadas ou contrapontos fundamentados, menos mal. Humor e crítica são vitais, sarcasmo é prazer honesto. A gente ironiza e questiona a própria família, por que não fazer com as chamadas pessoas públicas? O triste, e ao mesmo tempo curioso, é o ranço, são as chispas de ódio, a perseguição, o malho autoritário e presunçoso de quem nunca criou absolutamente nada, mas jura em seu íntimo que poderia ter sido tão rico ou famoso quanto os que estão vivendo seus sonhos. Gente que se morde pelos objetivos abandonados sempre que é obrigada a conviver com os louros da persistência.  
Porque não há mérito somente em nascer com o dom. O verdadeiro mérito é pô-lo à prova, dar a cara à tapa, à desconfiança, às vaias. Ouvir recusas contínuas, se expor ao desdém de quem nega oportunidades por puro sadismo ou ignorância.
Cantar não é fácil, mas parece ser bem mais simples do que encarar uma plateia. Na prática, o poeta de gaveta não possui nada além de um hobby, porque escritor mesmo é aquele que sujeita seus versos ao julgamento público. Em termos de contribuição social, ter talento e não externá-lo é tão relevante quanto não ter talento algum. 
O talento do Michel Teló? Não vem ao caso discutir, porque a pegação no pé do garoto pouco tem a ver com as suas habilidades. Não existem tantos brasileiros assim aptos a julgar a simplicidade (ou não) de seus acordes, ou a aclamada penúria literária dos seus hits. Bem pelo contrário. Fora a minoria que realmente entende do assunto, a patrulha anti-Teló é formada em boa parte por pessoas que viveram seus melhores momentos com a deliciosa cafonice enlatada e mal traduzida que ritmou a Jovem Guarda, dançaram a cansativa Macarena ou estão neste momento compartilhando o vídeo da tosca My Humps. O contagiante rock do AC/DC – entre as maiores bandas de todos os tempos – segue a mesma receita desde sempre, com letras de profundidade ginasial, contudo divertidíssimas. Porque música também é diversão.  E o Michel Teló – mesmo não sendo o autor do refrão mais cantado do verão – fez o planeta sorrir, descontrair, debochar de si mesmo. Merece todos os créditos, pois se é grande proeza para os gênios, que dirá para os desprovidos. Talvez não dure muito, mas já fez muito mais que a maioria.
O fato é que a implicância com o paranaense não diz respeito à sua música, mas sim à dimensão da sua conquista. É isso que incomoda. Aquela invejinha causada pela errônea impressão de que tudo foi fácil demais, que foi apenas sorte, como se o cara não estivesse tentando desde os 12 anos de idade.  Não comparando a história, os personagens e suas aptidões, o ranço com o Teló é o mesmo que andou perseguindo o Neymar, por exemplo, outro que parece estar brincando de vencer na vida. Quem tira os medíocres do sério são estas pessoas que transbordam confiança na própria luz e lutam pelos objetivos com um sorriso escancarado no rosto, apesar das muitas dificuldades existentes, que eles preferem ignorar em troca de uma postura positiva. E que aparentam estar pouco se lixando para os agourentos.  
Eles têm o brilho e a perseverança que aporrinham os oráculos de boteco, CEOs do cafezinho na copa, visionários que mudarão o mundo a partir da segunda-feira que nunca chega. Gente que entende de tudo, mas nunca fez nada. 
Pessoas que não conhecem o limite entre humor e rancor e perdem preciosas horas de trabalho caçando jeito de compartilhar na internet suas convicções venenosas e geralmente pouco embasadas. Sinal de que não fazem direito nem aquilo que sobrou para quem tinha tanto futuro. 

Bruno Fernandes

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

TODO HOMEM DEVERIA LER

É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada.

Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps.

Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE.

E não se esqueça...MULHER BONITA DEMAIS E MELANCIA GRANDE, NINGUÉM COME SOZINHO!!!





Arnaldo Jabor



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Bota fora de 2011



Sabe aquela frase altamente chata, que sái sempre da boca de alguém: "Nossa! Já estamos em Dezembro, o tempo voou. "
Então, você se irrita quando escuta essa frase? Irrita porque virou jargão ou se irrita porque você é bobão?
Pense nisso. O que você fez em 2011 de construtivo? Mudou de vida? Virou punk? Organizou sua agenda? Passou em todas as matérias? Finalmente esbravejou e teve coragem de falar o que sente? Tomou um porre daqueles? Virou crente? Foi bonzinho o ano todo ou matou alguém?
Se você agiu como a Maria do Bairro por todo esse ano, se você acha que a vida é simplesmente lamuriar e chorar, faça um favor a você mesmo, rasgue o calendário de 2011 e apague suas lembranças, você não foi você e por isso não evoluiu. Não adianta fingir ser o que não é, temos que expulsar os monstros pra virarmos Deuses. Expulsar os monstros não é ser sem educação e nem perder a elegância, tenho que deixar isso claro, porque tem gente que distorce tudo que lê. Tem gente que usa a seguinte frase pra explicar o quanto é grosso: "sou assim mesmo e não vou mudar", então morre! Qual é o motivo de estarmos aqui? Evoluir. Tem gente que é uma simpatia só, mas é incapaz de segurar o elevador pra quem está vindo, não adianta nada ficar mostrando os dentes pra todo mundo e não ser elegante. Elegância é tratar o próximo com respeito.
Lembro-me de um filme que eu vi, ou uma série. Heroes. Um dos caras era invisível e disse ao outro que com a sua invisibilidade, ele comprovou que o ser humano é porco demais. Eu achei muita graça e pensei que na invisibilidade, muita gente é ridícula fraca, depois que as cortinas se fecham e o público vai embora, tem gente que não é nada daquilo que aparenta ser, de doce passa a ser azedo em questão de segundos, é a conta de chegar em casa.
Sabe o quê que eu prefiro?! Prefiro pessoas que são capazes de mostrar o rosto sem máscara, que ainda assim conseguem separar seus problemas metafísicos dos problemas dos demais, pessoas que mesmo sentindo dor, são capazes de cuidar para que a gente tenha um dia melhor, pessoas que não se importam de compartilhar o que tem, gente desapegada, mas que também solta os cachorros quando é preciso, ou quando não é. Gente que ajuda qualquer pessoa, sem olhar o que essa pessoa pode dar em troca.
Ser gente é ser gente, pô. Não é fingir simpatia e depois, morrer de cirrose porque não consegue esconder sua própria acidez.
Pode ser ácido?! Não! É melhor ser bravo, e falar o que sente e que o ódio vá embora com as palavras, é melhor isso a que um falso perdão e deixar que a coisa fique remoendo a vida toda. Quem guarda rancor na geladeira, amanhece azedo.
E eu? O que fiz? Bom, o que posso dizer é que eu errei, chorei, pedi desculpas, desculpei, fiz novos amigos, afastei de outros, estressei, chorei de rir, chorei de raiva, realizei meu maior sonho, e também acertei. No meu coração não tem mágoa, sendo assim, acredito que não preciso rasgar meu calendário de 2011. Tudo valeu à pena. TUDO! Desejo que em 2012 eu continue desejando o bem, que eu assuma meus erros e que consiga repará-los (não que eu queira errar), que eu confie mais nas pessoas e que eu tenha mais tempo para os meus amigos.
E você? Vai poder ficar com o calendário ou é melhor passar a régua?
Amor é a chave para que em 2012 tudo se torne melhor, "o que não se dá, se perde." Dê amor, experimente dar amor a quem você acha impossível doar. Amar o seu cachorro peludo é fácil. Tente amar quem te irrita. Comece sorrindo pro cara que pede moedinha na porta da padaria, pense na história dele, todo mundo tem uma história, ninguém nasceu adulto. Respeitar e amar. É o que desejo pra todos nós. E muito Deus na sua vida, porque sem Deus, nada vale a pena!







terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ser feliz por nada!



         Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.
         Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
           Feliz por nada, nada mesmo?
Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho? 
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo?
         Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
         Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
         A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.

         Ser feliz por nada talvez seja isso.

Martha Medeiros

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Acho a maior graça.


"Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere... 
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos. 
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde. 
Prazer faz muito bem. 
Dormir me deixa 0 km. 
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha. 
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias. 
Brigar me provoca arritmia cardíaca. 
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me 
embrulha o estômago. 
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano. 
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem! 
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, 
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada. 
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde! 
E passar o resto do dia sem coragem para pedir 
desculpas, pior ainda! 
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna. 
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! 
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca! 
Conversa é melhor do que piada. 
Exercício é melhor do que cirurgia. 
Humor é melhor do que rancor. 
Amigos são melhores do que gente influente. 
Economia é melhor do que dívida. 
Pergunta é melhor do que dúvida. 
Sonhar é melhor do que nada!"


domingo, 4 de dezembro de 2011

O amor maior do mundo...

Já vimos cães-guia ajudarem os seus donos invisuais a atravessar a estrada ou a apanhar um transporte público, mas um cão a servir de guia a outro amigo de quatro patas é algo raro.

Os antigos donos de Lily e Maddison foram obrigados a deixar os animais por não conseguirem sustentar dois cães. Os responsáveis do centro lançaram um apelo à população e desde então não pararam de receber chamadas telefónicas de pessoas que querem ficar com os dois companheiros.

Lily é cega desde uma operação que exigiu que ela tivesse os olhos removidos. Nos últimos 5 anos, Maddison, outro Great Dane, tem sido a visão dela. Os dois são, naturalmente, inseparáveis.

"Eles não querem todo o seu tempo, seu dinheiro, não ligam para aparências, marcas, caras, bocas ou poder. Não importa o que você faça, quem você seja: para eles, só interessa o seu amor."






sexta-feira, 18 de novembro de 2011

SER ATLETICANO!


"A gente não ganha muito ultimamente, mas se diverte pra caramba. O Galo não é um time de vitórias épicas, campeonatos ganhos no último minuto, essas coisas irrelevantes. Para o atleticano, basta um foguete, apenas um estouro de um foguete... Ai alguém grita Gaaaallllooooo. Pronto... Você ouve, tira o chinelo, desiste das cobertas, esquece os problemas.
Coloca a bandeira em cima do carro, põe o hino pra tocar, toca trinta vezes.
Encontra com um amigo, dois, cinco, milhares de amigo. Galo! Galo! Galo!
Todo mundo sabe que as cordas vocais do atleticano começam na aorta.
A gente canta o hino,canta sem parar. Canta o hino no começo, no meio, no fim...
...quando o Taffarel dá uma volta no campo depois de ganhar uma decisão nos pênaltis,
quando é eliminado pelo Palmeiras reforçado por um juiz,
quando é rebaixado,
quando sobe,
quando ganha das Marias
quando o Dadá dá a cabeçada desengonçada mais bonita do mundo.
A gente canta! Quer sinal maior de alegria?
E vai nessa toada até o narrador gritar gol.
Nessa hora, não tem garganta, copo de cerveja ou prato de tropeiro que fique inteiro.
Atleticano de verdade comemora gol até na reprise.
E chega em casa empurrando o carro, feliz, porque a bateria acabou de tanto buzinar.
Tá bom.
Muitas vezes o enredo é bem outro. O atacante não acerta, o juiz não colabora, o outro time não perdoa.
A gente faz pressão, tenta ganhar no grito, fica com torcicolo de virar o rosto a cada gol errado. E a virada não vem. Aí a gente diz e promete:
Nunca mais torço pra esse time!
Até estourar o próximo foguete...a diversão recomeça, ou melhor, nunca acaba...
Para ser atleticano não é só querer ser...
O atleticano já nasce ATLETICANO."



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Primavera...


Nem sempre o processo de renovação é pacífico. Fácil. Às vezes, dói. Renovar implica sempre perder algo. Ou, apenas, guardar algo? Quando a Primavera chega, perde-se a mantinha vermelha. Ou guarda-se?
Renovamos os amigos. Seria dramático se nos esquecessemos de lhes dizer quanto os queremos. Renovamos os amores. Seria triste se nos esquecessemos de dizer, amo-te. Renovamo-nos a nós. Seria preocupante se nos esquecessemos de mudar.
Seria triste se a Primavera se esquecesse de nos devolver o calor. As flores. As folhas das árvores.
Chega esta tarde. Cerca das 18 horas. E venha com Sol ou com chuva, não se vai esquecer do calor.
Por isso, que não se perca a mantinha vermelha. Guarde-se. Apenas. Até Outubro, quando as folhas voltarem a cair, as flores tiverem adormecido e os dias forem de novo pequeninos.
Guarde-se no lugar onde os amigos nos esperam, os amores nos amam e nós...vivermos. Sem nos esquecermos que viver é renovar. Mesmo que, às vezes, doa. Deve doer às árvores quando vêem as suas folhas partirem. E agora é vê-las aí de novo...cheias de...Primavera.
A gente tem tanto a aprender com as árvores. Eu tenho...deve ser por isso que nunca fujo ao encanto com que elas me prendem. Passa-se o mesmo com algumas pessoas. As que enchem a minha vida de flores. Nunca fujo ao seu encanto.

sábado, 17 de setembro de 2011

FOFOCA ou DESABAFO?!

Sábado, 08:26 da manhã. Eu sem sono e com ressaca de vinho comecei a refletir e resolvi escrever. Se sair algo legal, ótimo, senão sair, ótimo.

Pauta do dia: FOFOCA ou DESABAFO?! Até onde vai essa pequena palavra e os estragos que ela pode causar? O que fazer quando você e vítima dela? A quem recorrer? Deixar que caia no esquecimento como todas as outras ou procurar culpados? Bom, eu não sei. Se soubesse não estaria aqui. Nas ultimas semanas me deparei com uma historia assim. E confesso que me atingiu também, acabei falando demais, entrando no jogo e “tomando partido.” Tomando partido não porque tomei as dores, (de dores já bastam as minhas). Tomei partido porque acho uma injustiça. Acho uma injustiça falar nas costas, acho uma injustiça falar mal em mesa de bar, acho uma injustiça mandar indiretas e julgar. (Veja bem, não estou dizendo que eu também não faço isso, ok?). Acho uma injustiça não procurar a principal pessoa antes de sair “metendo o pau” nela. Já dizia Clarice Lispector “Se for falar mal de mim, me chame, sei coisas horríveis a meu respeito.” E o que mais me preocupa é ate onde isso pode chegar, ate onde isso pode afetar. Será mesmo que todos acreditam? Porque convenhamos, existem milhares de casos onde a historia é uma lenda, uma fantasia (nesse caso onde me inspirei TAMBÉM). Ficar calada realmente tava me incomodando e não acho que esse texto vá ajudar em algo, mas como o computador é meu, o texto é meu e o blog é meu, CAGUEI PRO QUE VOCÊS PENSAM. Mas vamos lá, a pessoa fantasia histórias como já fantasiou milhares de outras vezes (estou dando um exemplo e isso também não é uma indireta, apesar de que... rs). Passa pra frente, pra frente, pra frente. Cutuca um, cutuca outro, fala pra um, fala pra outro. Numa boa?! Eu sou a favor de um murro na cara, porque aí ela perde tempo cuidando de curativos e esquece a fofoca. Mas aí entramos em outro processo. Não vou bater em ninguém viu gente, apesar de estar louca atrás do meu terceiro processo criminal. (Bons tempos aquele onde eu era muito mais irracional e quebrava o pau, literalmente).

Voltando a pauta do dia. Fofoca é só fofoca, esquece que passa. Não, não passa. Ficam marcas. MARCAS. Conheço pessoas que já deixaram de se falar durante 15 anos por fofoca. Outras até já morreram e nem sabem de tais verdades. Momentos perdidas, amizades abandonadas por uma simples palavra de 6 letras. Não sei por que fazemos isso. Prazer, Inveja, Recalque, Ciúmes? Qual é a sua? Qual é a nossa? Aqui se faz, aqui se paga. Tenho visto de perto isso acontecer na rapidez da luz. E vai continuar acontecendo. Comigo, com você, com todos nós.

Enfim... Falar de fofoca é falar em círculos e eu realmente não sei onde fica a saída, se alguém descobrir me fala?! Só sei que a melhor coisa a se fazer é viver nossa vida, esquece caralho. Se você fala é porque te incomoda (lógico). Se te incomoda, meu bem, é porque você não ta tão certo(a) assim, porque numa boa, quando estou certa nada me incomoda. Caminho como se nada tivesse acontecido, porque eu nem lembro mais. Repensem nisso.

Bom, vou ficando por aqui e deixo um recadinho para todos: OU VOCÊ RESOLVE SEU PROBLEMINHA COM VOCÊ MESMO, OU FALA NA CARA, SEU BOSTA!

obs: esse texto não foi uma indireta, foi um desabafo. Caso a autora esteja com algum problema com alguém, não se preocupe, quando ela tiver oportunidade ela vai falar... NA CARA.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Chique é crer em Deus!

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos
dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.
É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar", "o telefone", quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!
Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que
salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade.
Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material
deste mundo.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.
Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!
Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas, Amor e Fé nos
tornam humanos!

Glória Kalil

terça-feira, 31 de maio de 2011

A Síndrome dos vinte e tantos...

A chamam de 'crise do quarto de vida'.
Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.
Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc.
E cada vez desfruta mais dessa cerveijinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são 'tão divertidas'... E às vezes até lhe incomodam.
E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez,
esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu
e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal.
Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar.
Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida.
Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez,
não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente,
você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é.
Às vezes, você se sente genial e invencível, outras... Apenas com medo e confuso (a). De repente, você trata de se obstinar ao passado,
mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro...
E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.
O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele.
Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça...
Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos...
Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16... Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!
FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO... QUE ELE NAO PASSE!

terça-feira, 3 de maio de 2011

SÓ DÊ OUVIDOS A QUEM TE AMA

"Só dê ouvidos a quem te ama. Outras opiniões, se não fundamentadas no amor, podem representar perigo. Tem gente que vive dando palpite na vida dos outros. O faz porque não é capaz de viver bem a sua própria vida. É especialista em receitas mágicas de felicidade, de realização, mas quando precisa fazer a receita dar certo na sua própria história, fracassa.

Tem gente que gosta de fazer a vida alheia a pauta principal de seus assuntos. Tem solução para todos os problemas da humanidade, menos para os seus. Dá conselhos, propõe soluções, articula, multiplica, subtrai, faz de tudo para que o outro faça o que ele quer.

Só dê ouvidos a quem te ama, repito. Cuidado com as acusações de quem não te conhece. Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente. Há muitos que vão feridos pela vida porque não souberam esquecer os insultos maldosos. Prenderam a atenção nas palavras agressivas e acreditaram no conteúdo mentiroso delas.
Há muitos que carregam o fardo permanente da irrealização porque não se tornaram capazes de esquecer a palavra maldita, o insulto agressor. Por isso repito: só dê ouvidos a quem te ama. Não se ocupe demais com as opiniões de pessoas estranhas. Só a cumplicidade e conhecimento mútuo pode autorizar alguém a dizer alguma coisa a respeito do outro.

Ando pensando no poder das palavras. Há palavras que bendizem, outras que maldizem. Descubro cada vez mais que Jesus era especialista em palavras benditas. Quero ser também. Além de bendizer com a palavra, Ele também era capaz de fazer esquecer a palavra que amaldiçoou. Evangelizar consiste em fazer o outro esquecer o que nele não presta, e que a palavra maldita insiste em lembrar.

Quero viver para fazer esquecer... Queira também. Nem sempre eu consigo, mas eu não desisto. Não desista também. Há mais beleza em construir que destruir.

Repito: só dê ouvidos a quem te ama. Tudo mais é palavra perdida, sem alvo e sem motivo santo.

Só mais uma coisa. Não te preocupes tanto com o que acham de ti. Quem geralmente acha não achou nem sabe ver a beleza dos avessos que nem sempre tu revelas.

O que te salva não é o que os outros andam achando, mas é o que Deus sabe a teu respeito."

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sei lá...

Sabe aquela sensação de que seu futuro ou vai ser vendendo tapete no Egito ou pizza no Texas?! Ou sei lá, cuidar de um vinhedo na Itália também não seria nada mal. Só sei que tem de ser algo muito diferente do que ando vivendo ultimamente, algo no mínimo MUITO estranho e MUITO bizarro porque muita coisa já não me satisfaz mais. Tá. Já sei. Você vai me falar que to reclamando por pouco. Vai me relembrar das ultimas enchentes no estado do Rio, do tsunami na Indonésia e de quantas pessoas morreram ou ficaram desabrigados por conta disso. OK. Isso sim é um “PUTA PROBLEMÃO”, mas me perdoe, isso não faz com que as minhas angustias passem ou curem. Os meus problemas podem ser de pequeno porte pra todos, mas pro meu desespero eles são de grande importância pra mim. E quer saber, o que eu ando sentindo nem tão difícil de entender. EU SÓ CANSEI. Cansei de dormir e de acordar, cansei de atender telefone. Cansei de tomar banho, de ter que enxugar. Cansei de transito, cansei de ônibus, carro, moto. Cansei de perder as coisas, cansei de barulho. Cansei de elevador, de subir, de descer. Cansei de trocar. Só se aproxima por algo em troca. Só se aproxima por interesse. Seja ele pequeno ou grande, essa é a realidade. Cansei de minutos, horas, datas. Cansei de mês, ano. Pra que isso? Contagem regressiva da morte? Cansei de aniversario. Idade não faz mais sentido. Quanto mais velho mais maduro. Quanto mais maduro mais bobo ? Mais covarde ? É isso ?

Cansei de sorrisos falsos, de promessas nunca compridas, de olhares frios e de gente burra. Cansei de gente vazia, essas então nem deveria existir. E não me venha com essa de “controlar sentimentos e expectativas” porque isso não existe. ISSO É CIENCIA meu querido, quase física, e alguns chamam de QUÍMICA. Você pode dar rumo ao que sente? talvez sim. Amenizar? Sim. Controlar, NÃO. A gente acorda e dorme resolvendo problemas e as vezes eles nem são nossos. Porra, 70% ou mais das pessoas no Brasil apenas sobrevivem. Não fomos feitos pra sobreviver, nascemos pra viver, é diferente. AH! Sem falar nessa coisa chamada regime. Você tem que se matar de cansaço um mês pra perder o que comeu em um dia. Ainda paga a academia pra queimar o que é seu. MUNDO ESQUISITO DA PORRA.

Acho que vou terminar esse desabafo... ou entro no quesito DINHEIRO. Melhor não falar dessa praga viva, dessa doença incurável, que cega, mata, corroi. Transforma pessoas em monstros na mesma facilidade que um lagarto vira borboleta. “Essa terra de gigantes, que trocam vidas por diamantes...” Engenheiros do Hawai, eu te amo. E quer saber do que mais? se você é morno, fuja de mim, suma. Ou você é frio ou você é quente. Ou você é tudo ou você é nada. Meio termo nasceu pra ficar no meio, bem perdido. Nunca gostei de metade, nem de dividir o que é meu. Nem um chocolate, nem uma conta, nem um amor... E agora eu cansei de escrever ao vento também. Enfim, eu cansei...