segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"Embora meu objetivo seja compreender o amor, e embora sofra por causa das pessoas a quem entreguei meu coração, vejo que aqueles que me tocaram a alma não conseguiram despertar meu corpo, e aqueles que tocaram meu corpo não conseguiram atingir minha alma..."

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Velho Almirante

Carpie diem, aproveite cada momento como se fosse o último. Sinceramente, isso já é de senso comum. É difícil viver uma vida intensa quando carregamos um passado nas costas e temos que enxergar um futuro milhas a frente.
Navegare necesse, vivere non est necesse, essa frase descreve de forma bem precisa como utilizar a filosofia do Carpie Diem. Navegar é preciso, viver não. Quanta ousadia resumir a vida em uma simples frase.
De qualquer modo é com este pensamento que devemos enxergar as coisas. Vivemos num mundo em que somos colocados em meio a oceano aberto. Quando crianças ainda somos apenas pequenos marujos, aprendemos com nosso velho almirante. Conforme vamos crescendo vamos subindo ao comando e construindo nosso próprio barco.
É sim necessário viver a vida a cada instante, mas não devemos apressar nada. Devemos navegar de forma adequada ao vento. O vento que vai guiar nossas direções, e temos sempre que estar com os olhos bem atentos ao horizonte. Quando assumimos o posto de comandante, temos que estar sempre com a mão no leme e não esquecer que qualquer decisão tomada terá sua conseqüência diante a tripulação.
Navegar é preciso, porque é algo corrente que temos que tomar nossas decisões com precisão. Navegar é preciso porque não podemos simplesmente deixar as velas panejar. Ou seja, Navegare necesse, loquimu carpe ventus diem quam et minimum credula postero (Navegar é preciso, enquanto colha os ventos do dia, e confia o mínimo no amanhã). É necessário viver a vida conforme a brisa do vento.
Em nossas vidas o vento que rege nossa vida é o tempo. Temos que saber utilizá-lo a nossa favor, temos que colocar nossa mente em conjunto ao nosso tempo. Haverão tempestades que terão que ser velejadas ao longo de dias, e para isso temos que ser pacientes para a abonança. Para isto não basta só viver o dia em que se está, é necessário viver o futuro. Visualizar o horizonte que está a frente para que não percamos o rumo.
Ser comandante da sua vida não é uma tarefa fácil. A responsabilidade que temos sobre o barco em que vivemos, sobre as decisões que tomamos. Mas se engana quem diga que a vida é difícil. Navegar é um ato de tomada de decisões, precisamos saber aproveitar as oportunidades que nos aparece ao longo de nossa vida. Temos que olhar bem não só o horizonte mas ao redor, para ver as rajadas que se aproximam. Nas tempestades, cautela é sempre necessário é precisamos contar com nossa tripulação
Muitos dizem que é na tempestade que se encontra os problemas, mas é nas tempestades que se encontram as soluções. Durante a tempestade a tripulação aprende a controlar o barco e enfrentar as mais diversas situações. Não estranhe se fizer uma comparação, ser feliz é também ser triste. Tempestade por tempestade vamos conhecendo nosso barco, e como trimar as suas velas. Dificuldade por dificuldade é quando vamos crescendo com nossos erros.
Certas horas da nossa vida, temos que simplesmente velejar com o tempo, não adianta tentarmos insistir em bordos que são negativos. Nas tempestades o barco se cansa, mas na abonança podemos repará-lo e deixá-lo mais forte.
Acredite para sermos felizes temos que ser tristes. Ser triste é um dom. Ser triste não é desistir, deixar as velas panejar. É fazer até mesmo as velas se rasgarem para aprender a repará-las. Estar em um tempestade muitas vezes é dar um bordo para trás para fugir um pouco dela.
Navegar está a base da precisão e do cotidiano.
É necessário viver em uma tempestade, porque se formos gananciosos não saberemos prevê-las. Por isso ser triste é um passo para ser feliz. Errar é um passo para crescer. Quando ainda for marujo, ouça aquele que ainda está lhe ensinando, porque quando for tripular seu barco, terá que lembrar dos velhos conselhos.
Quanto a terra firme? Você estará nela quando for um velho almirante, ensinará nela quando for ajudar seu pequeno marujo a construir seu próprio barco. Afinal, viajamos ao longo de toda uma vida e temos que descansar e passar para nosso sucessores o que aprendemos ao longo de nossa jornada. Em nossa terra teremos para construirmos nossa própria família.