sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

SEJA UMA ÁGUIA

A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos ela está com: - as unhas compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta, - o bico alongado e pontiagudo se curva apontando contra o peito, - as asas estão envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já não é tão fácil!

Então, a águia só tem duas alternativas: morrer... ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.

A vitória é para os que têm coragem e não sentem pena de si mesmos!
Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz...

SEJA UMA ÁGUIA!!!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

"Que meu choro abafado
e a minha externa frieza
nao sejam pário para o
amor que sinto pelos que
me cercam e para a esperança
de poder dar a alguem o
que tenho trazido
dentro do peito durante
tanto tempo...

Quando me machuquei
nao pedi ajuda por nao saber
pra quem, e quando sorri so
pude dividir comigo mesma.

Por isso de todos os amores
que vivi o mais intenso
foi o primeiro,
mas o ultimo eh sempre
o mais real.

É pra ele que
eu entrego as cicatrizes do
meu peito ferido
de tanto sofrer escondido,
esperando que se cure de vez
o coração de carne que
se fez pedra para conseguir
transpor tanta hipocrisia...

E do mundo já nem sei,
dos outros pouco conheço.
Eu só preciso saber que
dos amores que tive
você é o último..."

Érika Melo

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Não ia postar fotos no blog...

...mas é que 2009 me tirou coisas e pessoas que gosto muito, mas me deu um príncipe! Coisas nunca foram nada pra mim... pessoas retiradas sim... algumas perdas doídas, outras necessárias...

Então posto aqui o meu mais novo tesouro... "Alfredo".


Pra ler e reler...

"Eu sou apaixonada por palavras. Música. E pessoas inteiras. Não importa seu sobrenome, onde nasceu ou quanto carrega no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono. Gosto de quem mete a cara, arrisca o verso, desafia a vida. Tem muita coisa dentro de você? Então jogue essa porra de identidade fora e senta aqui. Pára de falar da festa. Da viagem. Das 300 horas que ficou sem dormir ouvindo tuntz tuntz. Tá bom, pode falar! Mas seja breve. Eu quero saber sobre você. VOCÊ! Você não é só uma festa, uma foto de orkut, um carro bonito que te custa caro. Você não é só um i-phone, uma tv de plasma, uma notícia barata de jornal. VOCÊ É GENTE! E gente sente. Gente ama, sofre, sente sono. E tem medo. EU TENHO MEDO. Eu, na verdade, tenho muitos medos. E um deles é que as pessoas virem apenas uma IMAGEM. Não para os outros (que se fodam os outros!), mas para si mesmo. Meu Deus, aonde vamos parar? Antes que a conversa se estenda, quero esclarecer logo. Não sou hipócrita, veja bem. Também adoro um auê, uma frescurinha, champagne boa. Tenho um ego chato que apaga fotos em máquinas alheias. Fico emburrada se a calça jeans não entra. Brigo cá com meus defeitos (que são caros, fartos e meus). E acho que todo mundo também. Mas o que vim dizer hoje não é isso. Ou melhor, é sim. O que eu quero falar na verdade é que: A GENTE PODE SER BEM MAIS QUE ISSO. Que tal preocupar-se um pouco mais com SER do que com o TER, nem que seja pra variar? Me conte suas viagens, me mostre sua história, mas seja sincero: você detestou aquele lugar que todo mundo ama! VOCÊ ODIOU, na verdade. Então pra quê dizer que foi uma viagem “do caralho” e colar aquelas fotos com aquela gente cretina bem no meio do seu mural? Não precisa fazer linha comigo, nasci desalinhada, você sabe. Lembre-se de quem você era, DE QUEM VOCÊ É. (Você se lembra?). É sua essência, tudo o que há por trás desse sorriso lindo e óculos escuros. É minha gente. Estou naqueles momentos silenciosos em que pouca coisa parece fazer sentido. Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, um alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá.
(Somos todos culpados, se quisermos. Somos todos felizes, se deixarmos .)"
Fernanda Mello

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama o máximo.

E quem ama o máximo, sente-se livre. Por causa disso, apesar de tudo que posso viver, fazer, descobrir, nada tem sentido... ou tem?

Mas que bobagem é essa que estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.

Já me senti ferida quando perdi as pessoas pelas quais me apaixonei. Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém. E o mais legal que se aprende nisso tudo: “Não acredite em pessoas que se complementam. Acredite em pessoas que se somam.”

Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem ao menos possuí-la.

PS: É... acho que esse “negócio” de me apaixonar de novo ta me fazendo bem...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"Embora meu objetivo seja compreender o amor, e embora sofra por causa das pessoas a quem entreguei meu coração, vejo que aqueles que me tocaram a alma não conseguiram despertar meu corpo, e aqueles que tocaram meu corpo não conseguiram atingir minha alma..."

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Velho Almirante

Carpie diem, aproveite cada momento como se fosse o último. Sinceramente, isso já é de senso comum. É difícil viver uma vida intensa quando carregamos um passado nas costas e temos que enxergar um futuro milhas a frente.
Navegare necesse, vivere non est necesse, essa frase descreve de forma bem precisa como utilizar a filosofia do Carpie Diem. Navegar é preciso, viver não. Quanta ousadia resumir a vida em uma simples frase.
De qualquer modo é com este pensamento que devemos enxergar as coisas. Vivemos num mundo em que somos colocados em meio a oceano aberto. Quando crianças ainda somos apenas pequenos marujos, aprendemos com nosso velho almirante. Conforme vamos crescendo vamos subindo ao comando e construindo nosso próprio barco.
É sim necessário viver a vida a cada instante, mas não devemos apressar nada. Devemos navegar de forma adequada ao vento. O vento que vai guiar nossas direções, e temos sempre que estar com os olhos bem atentos ao horizonte. Quando assumimos o posto de comandante, temos que estar sempre com a mão no leme e não esquecer que qualquer decisão tomada terá sua conseqüência diante a tripulação.
Navegar é preciso, porque é algo corrente que temos que tomar nossas decisões com precisão. Navegar é preciso porque não podemos simplesmente deixar as velas panejar. Ou seja, Navegare necesse, loquimu carpe ventus diem quam et minimum credula postero (Navegar é preciso, enquanto colha os ventos do dia, e confia o mínimo no amanhã). É necessário viver a vida conforme a brisa do vento.
Em nossas vidas o vento que rege nossa vida é o tempo. Temos que saber utilizá-lo a nossa favor, temos que colocar nossa mente em conjunto ao nosso tempo. Haverão tempestades que terão que ser velejadas ao longo de dias, e para isso temos que ser pacientes para a abonança. Para isto não basta só viver o dia em que se está, é necessário viver o futuro. Visualizar o horizonte que está a frente para que não percamos o rumo.
Ser comandante da sua vida não é uma tarefa fácil. A responsabilidade que temos sobre o barco em que vivemos, sobre as decisões que tomamos. Mas se engana quem diga que a vida é difícil. Navegar é um ato de tomada de decisões, precisamos saber aproveitar as oportunidades que nos aparece ao longo de nossa vida. Temos que olhar bem não só o horizonte mas ao redor, para ver as rajadas que se aproximam. Nas tempestades, cautela é sempre necessário é precisamos contar com nossa tripulação
Muitos dizem que é na tempestade que se encontra os problemas, mas é nas tempestades que se encontram as soluções. Durante a tempestade a tripulação aprende a controlar o barco e enfrentar as mais diversas situações. Não estranhe se fizer uma comparação, ser feliz é também ser triste. Tempestade por tempestade vamos conhecendo nosso barco, e como trimar as suas velas. Dificuldade por dificuldade é quando vamos crescendo com nossos erros.
Certas horas da nossa vida, temos que simplesmente velejar com o tempo, não adianta tentarmos insistir em bordos que são negativos. Nas tempestades o barco se cansa, mas na abonança podemos repará-lo e deixá-lo mais forte.
Acredite para sermos felizes temos que ser tristes. Ser triste é um dom. Ser triste não é desistir, deixar as velas panejar. É fazer até mesmo as velas se rasgarem para aprender a repará-las. Estar em um tempestade muitas vezes é dar um bordo para trás para fugir um pouco dela.
Navegar está a base da precisão e do cotidiano.
É necessário viver em uma tempestade, porque se formos gananciosos não saberemos prevê-las. Por isso ser triste é um passo para ser feliz. Errar é um passo para crescer. Quando ainda for marujo, ouça aquele que ainda está lhe ensinando, porque quando for tripular seu barco, terá que lembrar dos velhos conselhos.
Quanto a terra firme? Você estará nela quando for um velho almirante, ensinará nela quando for ajudar seu pequeno marujo a construir seu próprio barco. Afinal, viajamos ao longo de toda uma vida e temos que descansar e passar para nosso sucessores o que aprendemos ao longo de nossa jornada. Em nossa terra teremos para construirmos nossa própria família.