quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Bota fora de 2011



Sabe aquela frase altamente chata, que sái sempre da boca de alguém: "Nossa! Já estamos em Dezembro, o tempo voou. "
Então, você se irrita quando escuta essa frase? Irrita porque virou jargão ou se irrita porque você é bobão?
Pense nisso. O que você fez em 2011 de construtivo? Mudou de vida? Virou punk? Organizou sua agenda? Passou em todas as matérias? Finalmente esbravejou e teve coragem de falar o que sente? Tomou um porre daqueles? Virou crente? Foi bonzinho o ano todo ou matou alguém?
Se você agiu como a Maria do Bairro por todo esse ano, se você acha que a vida é simplesmente lamuriar e chorar, faça um favor a você mesmo, rasgue o calendário de 2011 e apague suas lembranças, você não foi você e por isso não evoluiu. Não adianta fingir ser o que não é, temos que expulsar os monstros pra virarmos Deuses. Expulsar os monstros não é ser sem educação e nem perder a elegância, tenho que deixar isso claro, porque tem gente que distorce tudo que lê. Tem gente que usa a seguinte frase pra explicar o quanto é grosso: "sou assim mesmo e não vou mudar", então morre! Qual é o motivo de estarmos aqui? Evoluir. Tem gente que é uma simpatia só, mas é incapaz de segurar o elevador pra quem está vindo, não adianta nada ficar mostrando os dentes pra todo mundo e não ser elegante. Elegância é tratar o próximo com respeito.
Lembro-me de um filme que eu vi, ou uma série. Heroes. Um dos caras era invisível e disse ao outro que com a sua invisibilidade, ele comprovou que o ser humano é porco demais. Eu achei muita graça e pensei que na invisibilidade, muita gente é ridícula fraca, depois que as cortinas se fecham e o público vai embora, tem gente que não é nada daquilo que aparenta ser, de doce passa a ser azedo em questão de segundos, é a conta de chegar em casa.
Sabe o quê que eu prefiro?! Prefiro pessoas que são capazes de mostrar o rosto sem máscara, que ainda assim conseguem separar seus problemas metafísicos dos problemas dos demais, pessoas que mesmo sentindo dor, são capazes de cuidar para que a gente tenha um dia melhor, pessoas que não se importam de compartilhar o que tem, gente desapegada, mas que também solta os cachorros quando é preciso, ou quando não é. Gente que ajuda qualquer pessoa, sem olhar o que essa pessoa pode dar em troca.
Ser gente é ser gente, pô. Não é fingir simpatia e depois, morrer de cirrose porque não consegue esconder sua própria acidez.
Pode ser ácido?! Não! É melhor ser bravo, e falar o que sente e que o ódio vá embora com as palavras, é melhor isso a que um falso perdão e deixar que a coisa fique remoendo a vida toda. Quem guarda rancor na geladeira, amanhece azedo.
E eu? O que fiz? Bom, o que posso dizer é que eu errei, chorei, pedi desculpas, desculpei, fiz novos amigos, afastei de outros, estressei, chorei de rir, chorei de raiva, realizei meu maior sonho, e também acertei. No meu coração não tem mágoa, sendo assim, acredito que não preciso rasgar meu calendário de 2011. Tudo valeu à pena. TUDO! Desejo que em 2012 eu continue desejando o bem, que eu assuma meus erros e que consiga repará-los (não que eu queira errar), que eu confie mais nas pessoas e que eu tenha mais tempo para os meus amigos.
E você? Vai poder ficar com o calendário ou é melhor passar a régua?
Amor é a chave para que em 2012 tudo se torne melhor, "o que não se dá, se perde." Dê amor, experimente dar amor a quem você acha impossível doar. Amar o seu cachorro peludo é fácil. Tente amar quem te irrita. Comece sorrindo pro cara que pede moedinha na porta da padaria, pense na história dele, todo mundo tem uma história, ninguém nasceu adulto. Respeitar e amar. É o que desejo pra todos nós. E muito Deus na sua vida, porque sem Deus, nada vale a pena!







terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ser feliz por nada!



         Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.
         Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
           Feliz por nada, nada mesmo?
Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho? 
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo?
         Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
         Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
         A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.

         Ser feliz por nada talvez seja isso.

Martha Medeiros

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Acho a maior graça.


"Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere... 
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos. 
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde. 
Prazer faz muito bem. 
Dormir me deixa 0 km. 
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha. 
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias. 
Brigar me provoca arritmia cardíaca. 
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me 
embrulha o estômago. 
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano. 
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem! 
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, 
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada. 
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde! 
E passar o resto do dia sem coragem para pedir 
desculpas, pior ainda! 
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna. 
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! 
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca! 
Conversa é melhor do que piada. 
Exercício é melhor do que cirurgia. 
Humor é melhor do que rancor. 
Amigos são melhores do que gente influente. 
Economia é melhor do que dívida. 
Pergunta é melhor do que dúvida. 
Sonhar é melhor do que nada!"


domingo, 4 de dezembro de 2011

O amor maior do mundo...

Já vimos cães-guia ajudarem os seus donos invisuais a atravessar a estrada ou a apanhar um transporte público, mas um cão a servir de guia a outro amigo de quatro patas é algo raro.

Os antigos donos de Lily e Maddison foram obrigados a deixar os animais por não conseguirem sustentar dois cães. Os responsáveis do centro lançaram um apelo à população e desde então não pararam de receber chamadas telefónicas de pessoas que querem ficar com os dois companheiros.

Lily é cega desde uma operação que exigiu que ela tivesse os olhos removidos. Nos últimos 5 anos, Maddison, outro Great Dane, tem sido a visão dela. Os dois são, naturalmente, inseparáveis.

"Eles não querem todo o seu tempo, seu dinheiro, não ligam para aparências, marcas, caras, bocas ou poder. Não importa o que você faça, quem você seja: para eles, só interessa o seu amor."